terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A TERAPIA DA EQUANIMIDADE- O QUE É ISSO?!

"O que nós somos é o presente de DEUS a nós.
O que nós nos tornamos é nosso presente a DEUS."



Significado de Equanimidade
s.f. Ânimo inalterável, sempre igual, tanto na adversidade como nos bons momentos.
Espírito sereno, equilibrado.
Correção e imparcialidade.Sinônimo de equanimidade: imparcialidade e neutralidade

O estresse, isto é, o grande agente oxidante, um debilitador do sistema imunológico, o gerador de inúmeras doenças, é mais facilmente bem administrado por pessoas que não se deixam abalar pelos inevitáveis prós e contras, aplausos e vaias, vitórias e derrotas, lucros e perdas, ascensões e quedas, enterros e partos, prestígio e ostracismo, rosas e espinhos...
Equanimidade é o nome desta imperturbabilidade, que funciona ao nível psíquico como estimulador das defesas orgânicas. É, portanto, decisivo fator de saúde e longevidade.
Como chegar a ser equânime?
Se ao longo de sua vida você foi um bom observador, terá aprendido que nada, absolutamente nada, é definitiva e exclusivamente nosso. Estará firmemente convencido de que tudo quanto, por ignorância, pensamos possuir, em verdade nos possui, nos pesa, nos desarruma, agita, preocupa e nos desprotege em meio a este mundo estressante no qual nos coube viver. Quem, por sabedoria, em seu coração, já se desapegou de coisas, pessoas, fama e posições, de tudo que algum dia inevitavelmente lhe será arrebatado, embora continue com elas, terá alcançado o tesouro da equanimidade.
Quando, numa crise, se sentir vítima de uma injustiça, de uma desilusão, de um despojamento, de uma demonstração de desprezo, de um grande prejuízo; finalmente, no fragor de uma derrota, de um conflito, não se descontrole, nem se revolte, e muito menos se deixe abater. Imagine-se numa poltrona do cinema vendo um filme. O drama na tela exibe uma sequência de cenas e episódios emocionantes: tragédias, alegrias, mortes, vitórias, etc. Fosse você uma pessoa imatura, a ponto de identificar-se com o que vê, embora tudo fictício, choraria, gargalharia, se exaltaria, se deprimira, sintetizando, se estressaria. Não é? Ainda bem que você é uma pessoa psicologicamente madura, logo, "dá o desconto", e não se abalará. Pois bem, faça o mesmo diante do drama ininterrupto que erroneamente costumamos denominar "a realidade" em torno de nós. Merece o nome de realidade aquilo que não pára de mudar a cada instante, que não permanece o mesmo?
Quanto a suas aflições, faça um honesto e corajoso exame de consciência, buscando descobrir se, digamos, não estará hoje colhendo resultados de antigos e já esquecidos erros, isto é, alguma dívida (perante a lei da vida). Sendo este o caso, por que se rebelar, reclamar e protestar? Não é bom poder resgatar promissórias?
Não sendo este o caso, por se considerar pessoa justa e sem dívida (hipótese difícil, desde que você é um ser humano propenso a erros), ainda assim, de que vale se lamuriar ou protestar? É possível também que o sofrimento tenha vindo para esmerilar alguma aresta que você, embora pessoa evoluída, ainda tem. A dor não alcança somente os imperfeitos e errados. 
"A fornalha testa as jarras do oleiro. E a prova do infortúnio prova os homens justos". Ecl. 27:5
Cabe uma pergunta: Daqui a cem anos, que restará de todo este sofrimento de agora?
Robert Elliot, geriatra americano, propôs:
Regra nº 1: contra o estresse: não preocupe com ninharias.
Regra nº 2: tudo é ninharia.
A esta altura de sua vida, provavelmente já lhe foi permitido constatar que, tanto vitórias como derrotas, tanto prazeres como pesares, tanto gentilezas como ofensas, finalmente, todos os opostos da existência, não resistem ao tempo. Se desfazem como as nuvens que flutuam no céu. Surgem e somem. Na escala do eterno, são ninharias. Alegrias e tristezas passam sem deixar marcas. Como, diz a sabedoria hindu, os pássaros cruzando o céu não deixam rastro. 
Você se aproximará do tranquilo oásis da equanimidade na medida em que transferir o amor que tem por si mesmo para aqueles com quem convive e mesmo para desconhecidos, enfim, para a humanidade como um todo. 
Chame esta superterapia de compaixão. O egoísta viverá sempre como desvalida folha seca no vendaval, atirada de um lado para outro, de uma euforia exorbitante a uma debilitante distimia, de uma festa a um lamento, de uma gargalhada estrepitosa a um agitado pranto. Aquele que sabe que na vida inevitavelmente dias de sim cedem a dias de não, não se apega, não teme, não tenta prolongar indefinidamente uma transitória posse exclusiva ou o desfrute do que quer que seja. E, assim, não se apaixona a não ser por DEUS, por ser DEUS eternamente o mesmo. 
Só o Amor, quando universal e fecundo, torna um ser humano feliz!
Enfrentando todo aglomerado dual de prazeres e dores, vitórias e derrotas, lucros e perdas, com uma santa equanimidade, apronte-se para travar a batalha da Vida!


Extraído do livro- Saúde na terceira idade - Prof. Hermógenes

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