segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O encontro com a mulher samaritana

Jesus disse: "Quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede...(ela) se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna." João 4.14


João iniciou seu Evangelho com a afirmação de que "a Palavra... era Deus"(1.1), e continuou até afirmar que "a Palavra tornou-se carne" (v.14). Agora ele ilustra, a partir do encontro de Jesus com a mulher samaritana, quão vulnerável era essa humanidade. Era por volta do meio-dia quando Jesus e seus discípulos chegaram ao poço de Jacó, e o sol estava a pino. Jesus se achava cansado depois de caminhar a manhã inteira, e se sentou ao lado do poço para descansar. Ele sentia fome e então enviou seus discípulos ao vilarejo vizinho para comprar comida. Ele também estava com calor e sede, por isso pediu à mulher samaritana que lhe desse água. Jesus não era um super-homem imune às fragilidades dos mortais comuns. 
Ele era um ser humano autêntico. Outra característica de Jesus que essa história destaca é a sua atitude para com a tradição. Ele era conservador em relação à Escritura, crendo que ela era a Palavra de Deus. Contudo, era radical em relação à tradição, sabendo que ela consistia somente em palavras humanas. Um radical é alguém que é crítico acerca de todas as tradições e convenções, que se recusa a aceitá-las apenas por terem sido herdadas do passado.
A mulher samaritana, por sua vez, possuía uma desqualificação social tripla. Primeiro, era uma mulher; e um homem não deveria conversar com uma mulher em público. Mas Jesus fez aquilo que não era recomendável. Segundo, ela era samaritana, e judeus não se relacionavam com samaritanos. Terceiro, ela era uma pecadora, já tivera cinco maridos e agora estava morando com um homem com quem não havia se casado. E pessoas respeitáveis, como rabinos, não se misturavam com pecadores como ela. Assim, por três vezes, Jesus fez o que não era aceitável. Rompeu deliberadamente convenções sociais de seu tempo. Ele estava inteiramente livre da discriminação de gênero, do preconceito étnico e do pedantismo moral. Ele amava e respeitava todas as pessoas e não se esquivava de ninguém.
Sendo assim, Jesus era conservador (em relação à Escritura) e radical (em relação à cultura) ao mesmo tempo. A mim me parece que precisamos nos transformar em uma  nova geração de "CRs" - conservadores radicais.
É só seguirmos o exemplo que Jesus nos deixou.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Crônicas de Nárnia

 A AVENTURA DE EUSTÁQUIO
Quem já assistiu o filme ou leu o livro "Crônicas de Nárnia" de C.S. Lewis vai lembrar deste personagem: Eustáquio. Este trecho do livro relata a transformação de dragão para ser humano regenerado quando Eustáquio tem um encontro verdadeiro com   Aslam, o leão que simboliza a figura de Jesus. 
O relato é surpreendente porque mostra, simbolicamente,  o que acontece com a pessoa envolvida pelo amor de Cristo. Estáquio tenta, sozinho,  se livrar da couraça do dragão (o velho homem) e não consegue, entregando-se aos cuidados de Aslam.  Sofre uma dor horrível ao sentir-se tocado profundamente em seu coração, mas depois é lavado,  liberto de toda dor que sentia e  restituído de suas forças, trajando uma nova roupagem, presente de Aslam!!
Leiam a narrativa, percebendo a analogia existente em cada detalhe do relato, mostrando a ação de Jesus
no coração do ser corrompido pelo pecado, transformando-o em um novo ser.
"Se alguém está em Cristo, é nova criatura". 2 Coríntios 5:17


... O prazer (absolutamente inédito) de gostarem dele e, ainda mais, de ele gostar dos outros impedia que caísse no desespero. Porque era horrível ser dragão. Estremecia sempre que, ao voar, se via refletido num lago. Odiava as enormes asas de morcego, o dorso denteado e as ferozes garras recurvadas....
Vou lhe contar como deixei de ser dragão, disse Estáquio para Edmundo.
Estava ali deitado, pensando na minha vida, quando de repente...
Olhei e vi a última coisa que esperava ver: um enorme leão avançando para mim. E era estranho porque, apesar de não haver lua, por onde o leão passava havia luar. Foi chegando, chegando. E eu, apavorado. Você talvez pense que eu, sendo um dragão, poderia derrubar a fera com a maior facilidade. Mas não era desse tipo de medo. Não temia que me comesse, mas tinha medo dele... não sei se está entendendo o que quero dizer... Chegou pertinho de mim e me olhou nos olhos. Fechei os meus, mas não adiantou nada, porque ele me disse que o seguisse...
Levou-me por um caminho muito comprido, para o interior das montanhas. E o halo sempre envolvendo-o. Finalmente chegamos ao alto de uma montanha que eu nunca vira antes, no cimo da qual havia um jardim. No meio do jardim havia uma nascente de água. Vi que era uma nascente porque a água brotava do fundo, mas era muito maior do que a maioria das nascentes – parecia uma grande piscina redonda, para a qual se descia em degraus de mármore. Nunca tinha água tão clara e achei que me banhasse ali talvez passasse a dor na pata. Mas o leão me disse para tirar a roupa primeiro. Para dizer a verdade, não sei se falou em voz alta ou não. Ia responder que não tinha roupa, quando me lembrei que os dragões são, de certo modo, parecidos com as serpentes, e estas largam a pele. “Sem dúvida alguma é o que ele quer”, pensei.
Assim, comecei a esfregar-me, e as escamas começaram a cair de todos os lados. Raspei ainda mais fundo e, em vez de caírem as escamas, começou a cair a pele toda, inteirinha, como depois de uma doença ou como a casca de uma banana. Num minuto, ou dois, fiquei sem pele. Estava lá no chão, meio repugnante. Era uma sensação maravilhosa. Comecei a descer à fonte para o banho. Quando ia enfiando os pés na água, vi que estavam rugosos  e cheios de escamas como antes. “Está bem”, pensei, “estou vendo que tenho outra camada  debaixo da primeira e também tenho de tirá-la”. Esfreguei-me de novo no chão e mais uma vez a pele se descolou e saiu; deixei-a então ao lado da outra e desci de novo para o banho. E aí aconteceu exatamente a mesma coisa. Pensava: “Deus do céu! Quantas peles terei de despir? Como estava  louco para molhar a pata, esfreguei-me pela terceira vez e tirei uma terceira pele. Mas ao olhar-me na água vi que estava na mesma. Então o leão disse (mas não sei se falou): “Eu tiro a sua pele”. Tinha muito medo daquelas garras, mas, ao mesmo tempo, estava louco para ver-me livre daquilo. Por isso me deitei de costas e deixei que ele tirasse a minha pele.
A primeira unhada que deu foi tão funda que julguei ter me atingido o coração. E quando começou a tirar-me a pele senti a pior dor da minha vida. A única coisa que me fazia agüentar era o prazer de sentir que me tirava a pele. É como quem tira um espinho de um lugar doloroso. Dói pra valer, mas é bom ver o espinho sair.
Tirou-me aquela coisa horrível, como eu achava que tinha feito das outras vezes, e lá estava ela sobre a relva, muito mais dura e escura do que as outras. E ali estava eu também, macio e delicado como um frango depenado e muito menor do que antes.
Nessa altura agarrou-me – não gostei muito, pois estava todo sensível sem a pele – e atirou-me dentro da água. A princípio ardeu muito, mas em seguida foi uma delícia. Quando comecei a nadar, reparei que a dor do braço havia desaparecido completamente.
Compreendi a razão. Tinha voltado a ser gente. Você vai me achar um cretino se disser o que senti quando vi os meus braços. Não são mais musculosos do que os de Caspian, eu sei que não são muito musculosos, nem se podem comparar com os de Caspian, mas morri de alegria ao vê-los. Depois de certo tempo, o leão me tirou da água e vestiu-me.
Vestiu-me com uma roupa nova.
Seria bonito e muito próximo da verdade dizer que, dali por diante, Estáquio mudou completamente. Para ser rigorosamente exato, começou a mudar. Às vezes tinha recaídas. Em certos dias era ainda um chato.
 Mas a cura havia começado. 

domingo, 2 de janeiro de 2011

DIGA AO MUNDO O QUE VOCÊ QUER DA VIDA

Sem que você perceba, sua vida vai se transformando a partir de suas ações e opções diárias.
O sujeito resmungão treinou muito para reclamar com a eficiência de hoje, o depressivo viveu muitas pequenas tristezas e o super proativo repetiu muitas atividades positivas ao longo da vida.
Querendo ou não sua vida vai se transformando de acordo com a repetição de seus atos diários.
Defina onde você quer estar e quem deseja ser no futuro e aja a partir de agora. Qualquer que seja a direção de seu destino coloque coração e inteligência em suas ações, esses dois ingredientes dão o tempero na medida certa para quem deseja realizar coisas significativas.
Você tem o poder de transformar sua vida naquilo que quiser.
É preciso repetir muitos maus, ou bons comportamentos para se atingir resultados.
Seja o protagonista de sua história, diga ao mundo o que você quer da vida. Defina quais são seus valores mais nobres, busque a essência das coisas e verá que, lentamente, sua vida vai tomando a forma desejada e poderá vir a ser modelo de sucesso para muita gente.
Como dizia o mestre Aristóteles, filósofo grego, que viveu no 3º século antes de Cristo: "Somos aquilo que repetidamente fazemos, a excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito". Embora tão antiga, esta frase resume tudo o que se quer ensinar nos cursos de desempenho humano da atualidade. A excelência não se conquista num curso de final de semana, nem após a conclusão de um curso superior. Ela é fruto da nossa perseverança cotidiana. Foi o tempo e a repetição que fizeram o artista chegar a sua maestria. Esta é a dica para quem quer fazer a diferença no mundo, definir o que quer da vida e ir galgando, passo a passo, seu destino desejado. Uma grande vitória é fruto de pequenas conquistas e constantes melhorias.
São Francisco de Assis nos deixou uma boa fórmula: "Se queres que teu sonho se realize, passe a construí-lo devagar. Pequenos começos, trabalhos sinceros, crescem com pureza"...
Ou você escolhe para onde pilotar o barco de sua vida, ou o vento das incertezas te levará para lugares nunca desejados.