segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

É Maravilhoso ser Cristão!

Na minha última postagem escrevi um trecho do livro: O Cristo de Todos os Caminhos, de E. Stanley Jones, livro que li, reli e separei algumas partes que me encantaram. Primeiro, foi a descrição da personalidade de Jesus, e nesta postagem  quero deixar registrado outro trecho que também é muito profundo para quem deseja ser cristão autêntico:


É Maravilhoso!
É maravilhoso ser cristão!
É maravilhoso ter-se uma personalidade na história humana em quem podemos confiar inteiramente e a quem podemos dedicar inteira consagração! Um hindu me disse um dia que havia contemplado uma pintura de Rembrandt. Era a pintura de uma face muito iluminada, mas cercada de nuvens escuras.
Era a pintura de Jesus! Em torno dele estão as nuvens negras dos reveses da vida. Há muitas circunstâncias acabrunhadoras, incompreensíveis mesmo, neste mundo, mas...
no meio de tudo está uma face iluminada - a face de Jesus.
Posso esperar até que as nuvens que o cercam percam seu sentido, quer sejam nuvens de desenfreada destruição ou de chuvas benéficas; quando elas se ajuntam eu tenho um canto no meu universo que é luminoso e inteiramente seguro. Se aquela face iluminada desaparecesse, o universo inteiro seria trevas.
É maravilhoso ter um lugar do qual estamos absolutamente seguros, e ao qual podemos recorrer nos momentos de perturbação.
É maravilhoso ser cristão!
É maravilhoso ter um mundo que tem por centro a Cruz! Agora sabemos que, atrás das nuvens, há um
 "Amor que nunca, nunca muda". Deus não é só o Bem, Ele deseja para nós todo o bem. Suas feridas saram as nossas feridas. A palavra mais cruel, mais dura, mais iníqua que o mundo pode pronunciar já foi pronunciada- foi dita na Cruz. Deus, porém, tomou aquela palavra cruel, dura, iníqua e a transformou na palavra que redime a raça.
É maravilhoso ser cristão! É maravilhoso ter um mundo com uma manhã de Páscoa na sua história!. Suponhamos que a última palavra neste mundo tivesse sido a cruz e não a Ressurreição. Se assim fora, os filhos dos homens seriam para sempre torturados naquela cruz  com o Filho do Homem. Mas, agora, como a última palavra para mim é a Páscoa, eu não me impressiono que a última palavra da vida tenha sido a cruz.
Que mais pode a vida fazer? Que resta para ela se já chegou ao extremo de suas possibilidades?
É maravilhoso ter o Evangelho do Deus que procura o homem! Quando Deus nos encontra, como está no Evangelho, toda a idéia de valor próprio se esvai e fica apenas a de aceitação da graça de Deus. Ficamos absortos em admiração, em amor, em ação de graças. Somos inundados desta graça! Não resta lugar para mais; nosso vaso está cheio até o limite de sua capacidade. A vida no Espírito abre-nos, no verdadeiro sentido da palavra, uma nova dimensão na vida. Os demais homens vivem com possibilidade de gozo através das três dimensões: prosperidade, prazer e procriação. O cristão acrescenta uma quarta: a dor. Quando as aparências externas não são boas, ele sempre tem recurso da realidade interior. Tem razões íntimas para estar alegre, porque sua alegria não depende dos acontecimentos, mas das relações imperturbáveis do seu coração. É a alegria do Espírito que é o antisséptico. Sua presença conserva nossas feridas limpas.
O cristão encontrou a única  segurança que há, porque, pelo seu trato com o sofrimento, aprendeu não somente a resistir tudo que lhe possa acontecer, mas a dar um passo à frente por meio do mesmo sofrimento.
Feliz é o cristão que aprendeu a trabalhar ao som da música do Espírito!
É maravilhoso ser cristão, mas não é maravilhoso ser apenas religioso. 
O mundo está cheio de religião  -  falta-lhe cristianismo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A VIDA

Nesta época em que o Natal de Jesus Cristo está em evidência, muito mais pelo interesse comercial, do que o verdadeiro, (infelizmente), quero transcrever as palavras de Stanley Jones, que, como ninguém, , descreveu a personalidade de Jesus em todo o seu potencial, de forma poética, deslumbrada e deslumbrante!

"Temos nós visto a Vida? Tem ela sido vivida?
A religião se tem estereotipado em fórmulas frias; as mãos mortas da tradição se estendem do passado e paralisam tudo; os líderes religiosos deixaram de ser profetas da nova era e se tornaram sacerdotes das coisas de ontem.
A figura típica e acabada de tal religião é o fariseu, em pé no Templo, dando graças a Deus que tinha cumprido com as etiquetas religiosas e que, portanto, não era como os demais homens.
Aparece, porém, da obscuridade um camponês e da humildade de uma oficina de carpinteiro, um Homem. Quando Ele se apresentou para ser batizado às margens do rio, o Batista, tão severo e imparcial com outros, dobra-se diante da dignidade inata deste Homem e diz: “Eu é que devia ser batizado por ti, e tu vens a mim?”
Havia algo naquele Homem que fazia com que os melhores homens se sentissem pequenos comparados com Ele. E, contudo, os homens mais indignos sentiram-se atraídos a Ele. Ali estava a bondade atraente, conquistadora, constrangedora.
Esta era a bondade que não era meticulosa, mas misericordiosa; não posta em pedestal para ser adorada, mas baixando-se ao nível dos humildes para servi-los.

Aqui está a bondade não farisaica, mas amiga; não terrível, mas terna. E contudo, naquela ternura e bondade havia tal nobreza que fazia a consciência vibrar e tremer como uma folha verde. As crianças sentavam no seu colo, e contudo o pescador Pedro, homem rude do mar, sentiu sua consciência acusá-lo no momento da pesca maravilhosa e caiu de joelhos clamando: “Aparta-te de mim, Senhor, pois sou um homem pecador”. Em tempo algum a majestade e a humildade se fundiram e apresentaram cena mais linda do que nesta ocasião.
Nunca a palavra e a ação formaram mais perfeita harmonia do que na sua pessoa. Elas se harmonizam como a música e o cântico. Ele ensinava e suas palavras tinham um cunho de realidade perfeita. A verdade fluía de sua alma como a fonte na encosta da montanha.Suas palavras faziam o pecado tão fora do natural, tão difícil de suportar e tão incapaz de satisfazer a natureza humana!
Ele os ensinava! Não somente por palavras. Suas palavras levavam o selo de um conteúdo real. Ele vivia com elas e mesmo anteriormente a elas. Em suas palavras eles ouviam o Verbo - O Verbo que Ele encarnava. Quando Ele lhes falava do Amor, eles compreendiam o que Ele queria dizer porque eles já o tinham visto nele, na sua face, nos seus gestos, na sua atitude, nas suas ações.
...(Não é assim que seus seguidores devem ser?)
Quando Ele lhes falava de Deus, eles sentiam a Sua presença porque Ele não veio para proclamar Deus, veio trazê-lo. De uma vez para sempre o golfo existente entre a palavra e a ação foi completamente eliminado; nele as duas coisas se tornaram uma só!
Eis aquele que mostrou por palavras e atos, por lutas e triunfos, por ferimentos e sorrisos, por misericórdia e serviço de que estofo é o Coração do universo. Quando parecia que nada mais havia para Ele demonstrar, deixou que os homens despedaçassem na cruz seu coração e olhando para as suas feridas pudessem ler a palavra "AMOR".
Jesus, pela sua vida, escreveu nos umbrais da eternidade a imperecível mensagem:
"Deus é Amor" e nada pode apagá-la jamais.
... Se temos que chegar a Deus pelo Amor, então Jesus é inevitável!"
Se o coração que está na estrutura deste Universo é semelhante àquele coração terno e bom que foi despedaçado na cruz, Ele terá, sem reservas e sem restrições, direito de dominar meu coração.

O prof. C.S.Lewis (autor de Crônicas de Nárnia) disse: “Se Deus não é o que encontramos em Jesus, então Ele não nos interessa de maneira alguma. Se Ele não é isto, será menos que isto, pois de maneira alguma poderia ser mais. Mas não precisamos mais e não nos contentamos com menos”.
A questão fica, pois, reduzida a estes termos: “Se não podemos ser religiosos em termos dos ensinos de Jesus, não podemos ser verdadeiramente religiosos”.
“É Cristo ou nada”.
"Ser semelhante a Cristo é o padrão que permanece entre Deus e o homem."

Este trecho foi retirado do livro: O Cristo de Todos os Caminhos-Stanley Jones

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

PATCHWORK- QUILTANDO NOSSAS VIDAS

PATCHWORK- Definições
Patchwork - pode ser conceituado como um trabalho artístico de reunião de retalhos, como também sendo uma técnica de trabalho.
Quilt – (pronuncia-se Kwilt) – é um termo em inglês, usado para denominar uma colcha, coberta ou manta acolchoada ou estofada. Um quilt é feito em três camadas: frente(top), recheio (batting) e o forro (backing).
Quilting – é uma costura, um alinhavo com pontos pequenos e espaçamentos uniformes; um tipo de pesponto, que pode ser feito à mão ou à máquina. O quilting é utilizado para segurar as camadas do quilt.
Essas três definições foram copiadas de um artigo de autoria de Patrícia Rosana da Silva Limoeiro.

Você já viu uma colcha de retalhos?
O plano de fundo de meu blog foi escolhido “a dedo” por mim e meu filho Lucas por ser um patchwork, pelo qual sou apaixonada. Já fiz alguns trabalhos com retalhos, mas só agora estou tentando me aprimorar na técnica deste artesanato.
Mas, não vou falar de patchwork propriamente dito e, sim, usá-lo em comparações.

Pode se fazer uma analogia com nossas vidas?

Desde menina via minha mãe costurando. Ficava embaixo da mesa brincando com os retalhos e gostava de ouvir o som ritmado da tesoura deslizando e cortando tecidos. Fazia um som bem característico em contato com a madeira.
Seria assim? Ruan... ruan... ruan...
Aquele som soava gostoso aos meus ouvidos. E, desde então, sempre que via trabalhos manuais feitos com retalhos me interessava e me encantava!!!
Pequenos pedaços de tecidos de várias tonalidades: uns bem alegres, outros mais discretos para contrastar, outros até bem tristes, sem graça, mas... num todo ficava lindo! Eram tons em harmonia.
O triste existe para a alegria se manifestar exuberante! C’est la vie!

Assim é o patchwork.
Seria assim também com nossa vida?
Permeada de tons e texturas, momentos suaves, em tom pastel e outros em tons gritantes, ferindo nossa visão de mundo.
Acontecimentos em preto e branco, contrastantes, mas sem alegria nenhuma. Outros muitos festivos, cheio de cores, tons ofuscantes até!
Para as mãos femininas que vieram tecendo a colcha de retalhos de suas vidas por um longo tempo já podem visualizá-la quase completa, faltando somente os arremates finais.
Pode ser uma colcha com uma diversidade de tons, alegres e tristes para quem não teve medo de viver.
Algumas com cores bem fortes, chocantes, marcadas por encontros, desencontros, desamores, vividos com muita intensidade.
Outras bem monocromáticas, sem muita alteração de cor, pois foram tecidas por uma vida sem muitas adversidades, com muita autoproteção, imersas em rotina e mesmices.
Mas, para quem já está nesta etapa de ver seu quilt quase pronto, não fique só olhando para as imperfeições do que já foi feito, porque não dá mais para “descosturar”!
Dedique-se ao acabamento com muito capricho!
Dá tempo ainda para fazer uns retoques, suavizando os tons intensos vividos com cores mais suaves, dando maior cor aos efeitos mais desbotados e sem vida, arrematando com fitas de cetim ou até de veludo para chegar ao fim desta caminhada sentindo-se realizada, admirando, com muito prazer, a beleza do resultado.
Porque... quando se inicia este trabalho artesanal, o “patchword” da vida, não se tem técnica nenhuma. Vai se coletando informações de como unir os detalhes (os pequenos retalhos do cotidiano), com um “mix” de aprendizado e dom natural e assim costurando este viver.
Mas, com o passar dos anos, a bendita experiência, a sabedoria de vida, vai ensinando a aprimorar esta técnica e aí sim: pode-se completar este trabalho com muita dedicação.
Reinventar, superar, sem lamentar, desprezando os fiapos e “customizando” sua própria existência.
Mãos à obra, mãos femininas, terminem seus quilts com todo empenho.
Valorizem cada retalhinho deste viver!
Não deixem que outras mãos façam isto por vocês!
E que possamos aprender sempre com as obras magníficas do melhor artesão do universo, o nosso MESTRE JESUS.

sábado, 18 de setembro de 2010

A BELEZA DAS VOVÓS

Vovó Leo perguntou para Vitor:
- Qual vovó é mais bonita? Eu, ou a vovó Geô?
Ah! Vovó Leo! Não pergunte isso!
 Não pode existir comparação entre a formosura  das vovós.
Cada vovó tem a sua performance incomparável, porque traz dentro de si uma longa história de vida, que só outras vovós sabem. E esta história elas carregam no olhar, no sorriso, no próprio corpo. A começar pela feminilidade infantil, as brincadeiras de boneca, já querendo ser mãe, nem imaginando que naquela brincadeira já estaria prenunciando um distante abraço aconchegante e carinhoso de vovó.
E as comidinhas? Pra quê?
 Num passado um pouco mais distante, pedir um pouquinho de arroz cru para mamãe (ou para a vovó) para cozinhar num fogareirinho improvisado no fundo do quintal. E, num passado mais recente, comidinhas de plástico, multicoloridas, imitando hambúrguer ou cachorro-quente dos fast foods. E nesta prática  a iniciação do prazer em preparar coisas gostosas para o marido (futuro papai e vovô), depois para os filhos e, num espaço de tempo maior, para os queridinhos da vovó. Digo preparar, sem preconceitos, pois pode ser também escolher nas vitrines ou nos cardápios do universo das comidas prontas. Mas, precisa saber escolher, não é mesmo?
E aí vem a beleza carregada de amor, de cuidado, ansiedade de agradar, ao longo dos anos, que aos poucos vão formando pequenos sulcos em volta dos olhos e branqueando os primeiros fios de cabelo.
E depois, precocemente, bem antes dos meninos, o despertar do interesse pelo outro sexo, já querendo, inconscientemente, escolher o pai para seus filhos e... num futuro igualmente distante... o vovô para seus netos.
E aí começa uma verdadeira odisséia.
 Algumas ficam na torre cuidando e penteando seus longos cabelos, aprisionadas por alguma bruxa, que pode ser o cuidado, o egoísmo, o excesso de proteção exterior ou instinto de autoproteção, esperando o príncipe ouvir seu canto e pedir suas longas tranças. Outras se lançam na busca enfrentando os perigos, procurando domar as feras ou, sendo domadas (esse é o perigo!). Mas, é nesta espera passiva ou ativa que a beleza vai se  formando, se aprimorando, se fortificando para a verdadeira luta na arena principal: o casamento.
Aí entra em cena a verdadeira guerreira, ou melhor, mais que isso, a perfeita gladiadora “ a la Russel Crowell, como Máximus em “Gladiador”. Com os mesmos princípios que ele demonstrou de altruísmo, fidelidade, persistência, coragem e até, se preciso, uns lances de crueldade para “proteger o futuro de Roma”, cá entre nós...
É nesta arena que a beleza cristalina da mulher (sem querer plagiar a do Guilherme Arantes) vem à tona e vai se aperfeiçoando a duras penas, mais ou menos como a beleza estética: tira aqui, acrescenta ali, tudo com muita dor. E vocês , vovós sabem muito bem do que estou falando. Quanto se perde! E como dói!
Mas, graças a DEUS, quanto se acrescenta de paciência, resignação, temperança,  alegria dos bons momentos, e muita sabedoria!
E tudo o que foi perdido e acrescentado estão refletidos nos pequenos sulcos do rosto e nos brancos dos fios. Isto é feiúra? De jeito nenhum!
É a pura beleza das vovós! Para ser respeitada e admirada, e... vovó Leo, sem comparações!
Cada uma tem a Sua beleza própria.
 Incomparável Beleza!
 Que todos, principalmente os vovôs reconheçam isto!
Dedico a vovó Leo com muito carinho, porque somos, juntas,  vovós de dois “cuequinhas” lindos: Davi e Vitor.