domingo, 22 de maio de 2011

Aprendi... aprendi...aprendi...

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, nem me magoar porque não fui retribuída com os mesmos sentimentos. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi ... que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Eu aprendi...que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.
Aprendi ... que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi ...que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.
Aprendi ... que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi ... que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a alguém que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-lo disso.
Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi ... que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi ... que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiam; e quando duas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi ... que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi também... que diplomas na parede ou muito dinheiro no banco não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi ... que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem verdade ou sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi ... com muito pesar, que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi ... afinal... que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

Aprendi... Aprendi... Aprendi...

(Autor desconhecido)

domingo, 1 de maio de 2011

Carta de Tiago- Alegria do Cristão

A carta de Tiago é um escrito de caráter sapiencial, isto é, mostra a sabedoria do discernimento cristão diante das situações. Esta carta é mensagem tipicamente cristã, como os evangelhos; reduz toda a Lei Judaica ao mandamento do amor ao próximo. Pode-se dizer que é explicação das exigências desse mandamento em diversas circunstâncias: igualdade cristã, preferência pelos pobres, amor ativo.
Esse amor exclui a exploração, e nesta carta encontramos a mais violenta passagem do Novo Testamento contra os ricos. A fé aqui é vista como dinamismo que produz ação e que só é madura quando se expressa em atos concretos; é fé que rejeita qualquer espiritualidade ou religiosidade individualista e intimista. Da mesma forma, a verdadeira sabedoria se expressa pela conduta.
Tiago rejeita a consagrada separação entre "dimensão vertical" e "dimensão horizontal" da vida cristã: do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé: sem obras ela é cadáver. E são estas as obras citadas no contexto: dar de comer ao faminto e vestir o nu.
Meus irmãos, fiquem muito alegres por terem que passar por todo tipo de provações...
O cristão se alegra. não por ter provações, mas porque elas o ajudam a descobrir o sentido e o valor do testemunho de sua fidelidade a DEUS e a Jesus Cristo. A provação abala o entusiasmo infantil, romântico e descompromissado, fazendo o cristão perceber que a fé é compromisso que exige sérias transformações na pessoa e no contexto social em que ela vive.
A sabedoria é o exercício do discernimento, a capacidade de perceber o que é mais importante fazer dentro das situações.
Tiago chama a atenção para a essência da vida cristã: ouvir a palavra do Evangelho e colocá-la em prática. A fé não se resume em afirmações que podem ser ouvidas e decoradas; ela é compromisso que leva a tomar atitudes concretas e cheias de consequências. Centrado no Mandamento do Amor, o Evangelho é a lei da liberdade, pois o Amor não se restringe a exigir a obediência a uma lista de obrigações; o Amor é comportamento criativo, que sabe dar resposta libertadora e construtiva em qualquer situação.
O verdadeiro culto é a entrega de si mesmo a DEUS para viver a justiça na prática: não difamar o próximo; socorrer e defender os pobres e marginalizados; não comprometer-se com a estrutura injusta da sociedade.
O cristão se rege pelo Evangelho, que tem como centro o Mandamento do Amor.