terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NÃO FIQUE SÓ - VIVA AO SOL DE DEUS!

Quando estou no trânsito, envolta em meus pensamentos, sinto-me reconfortada quando leio em algum carro:
"Nas Mãos de DEUS". Como é bom saber que a nossa vida não está sozinha neste mundo, mas tem Alguém que está ao nosso lado!


"Mas, não estou só, porque o Pai está comigo. (Jo 16.32)

Não é preciso dizer que, agir segundo convicções, é sacrifício custoso. Poderá significar renúncias e separações, que poderão nos deixar com um estranho sentimento de privação e solidão. Mas aquele que deseja voar como a águia, para as maiores alturas, acima das nuvens, e viver ao Sol de DEUS, precisa contentar-se em viver uma vida de certa forma solitária.
Nenhum pássaro é tão solitário como a águia. A águia não vive em bandos. Quando muito se vêem duas de uma vez. Mas a vida vivida para DEUS, embora desprovida de companhias humanas, conhece a comunhão com DEUS.
DEUS procura filhos semelhantes à águia. Ninguém chega a uma percepção das melhores coisas de DEUS, sem que aprenda a andar a sós com Ele.
Encontramos Abraão sozinho nas alturas de Horebe. Moisés, instruído em toda a ciência do Egito, precisa ficar quarenta anos no deserto a sós com DEUS. Paulo, que era cheio da cultura grega precisou ir para os desertos da Arábia e aprender a vida a sós com DEUS.
Deixemos que DEUS nos isole.
Não me refiro ao isolamento de um mosteiro. Nessa experiência de isolamento de que falo, Ele desenvolve em nós independência de fé e vida; de modo que a alma não precise mais da constante ajuda,  fé ou atenção do próximo. Essa assistência e inspiração de outros membros é necessária e tem o seu lugar no desenvolvimento cristão, mas chega um tempo em que os outros são um direto empecilho à fé e ao bem do indivíduo. DEUS sabe mudar as circunstâncias a fim de nos dar uma experiência a sós.
Um dia nos colocamos nas mãos de DEUS, submissos; e eis que Ele nos conduz através de alguma coisa.
Porém, quando isso passa, embora continuemos a amar do mesmo modo os que nos cercam, não dependemos mais deles e, sim, podemos ajudá-los a encontrar esse "a sós com DEUS".
Percebemos que Ele fez alguma coisa em nós e que as asas de nossa alma aprenderam a sobrevoar alturas maiores.
Precisamos atrever-nos a ficar sós.
Jacó precisou ser deixado só, para que o Anjo de DEUS segredasse ao seu ouvido o místico nome de Siló; Daniel precisou ser deixado a sós, para que tivesse visões celestiais; João precisou ser exilado em Patmos, para que pudesse receber e reter firmemente "as impressões do céu".
Jesus atravessou o vale da dor sozinho. 


Estamos preparados para um "benéfico isolamento", a fim de recebermos a Luz do Sol de DEUS e sermos leais a Ele?


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Aproveite a oportunidade para se curar.

Coisas que preciso saber a meu respeito.

Quando alguém chamar a sua atenção para aquelas fraquezas que você vem ignorando ou negando, não se zangue!
 Sabe, a vida usa as pessoas para nos alertar e permitir nosso crescimento. A pessoa é, simplesmente, uma ferramenta da vida. Ela está sendo usada pela vida quando você resiste em trabalhar as suas próprias fraquezas!
Dá para saber quando alguém diz uma coisa que nos causa resistência porque sentimos aquilo nos bater na boca do estômago, as orelhas esquentarem e as faces ficarem vermelhas. A sua primeira reação, talvez, seja querer interromper o outro. Ou, no instante em que ele acaba de falar, partir para o ataque. Quando você se pegar fazendo assim, pare! Pergunte-se: Por que é tão difícil ouvir isso? A que estou resistindo?
Você sente necessidade de se defender quando o outro percebe a sua fraqueza. Não estamos falando de situações em que a acusação é falsa ou superficial. Nem das situações em que o outro despeja a fraqueza dele sobre você. Estamos falando das situações em que alguém lhe revela coisas que você se recusa a enfrentar. Aquelas coisas que você procura esconder. Portanto, quando isso acontecer, esforce-se para náo se zangar. Veja isso como um sinal de que a vida quer lhe ajudar. Aproveite a oportunidade para se curar.
Até hoje, você pode não ter se dado conta, ou talvez tenha relutado em reconhecer, que há muitas coisas a seu respeito que requerem um pouco mais de atenção.

 Na realidade, você pode ter reagido de maneira excessiva e iritada quando alguém as apontou. Hoje, permita-se tomar consciência das suas fraquezas quando estas lhe forem mostradas. Preste atenção especial nas coisas que causaram raiva quando foram ditas, Não é fácil, mas considere uma benção do Espírito elas lhe terem sido apontadas.
Texto copiado da Web

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

RESILIÊNCIA: o que é isso???

O termo resiliência está bastante em evidência no mundo corporativo.
Na verdade, esta é uma palavra que surgiu na Física, onde a resiliência é a capacidade que alguns materiais apresentam de voltar a sua forma original após serem submetidos à tensão Máxima.. Se pensarmos nos seres humanos, todos conhecemos pessoas que enfrentaram experiências avassaladoras e se recuperaram.
No mundo das organizações, a mudança das condições de mercado, a globalização, a redução dos recursos disponíveis (tempo, equipes, dinheiro, entre outros) e o aumento da competitividade tornam a resiliência uma competência essencial aos profissionais que querem ter destaque na vida profissional e pessoal. O mundo ficou mais complexo - basta assistir às notícias que os jornalistas nos trazem todos os dias.
O resiliente é aquele ser humano que consegue se recuperar frente às adversidades que enfrenta na existência, seja na vida profissional, seja na vida pessoal. É válido destacar que a pessoa resiliente não é aquela que é onipotente ou invulnerável, ou seja, que nada a atinge, É aquela que se sente atingida e que se recupera das situações difíceis.
A resiliência pode ser percebida em termos práticos, ou seja, é um comportamento observável. Os resilientes conseguem se manter serenos quando enfrentam a situação adversa e, mesmo com este cenário desfavorável, conseguem encontrar alternativas, por vezes com muita criatividade, para resolver a situação ou, pelo menos, minimizar seus impactos negativos.
Se pensarmos na vida pessoal, podemos dizer, com absoluta certeza, que todas as pessoas já enfrentaram alguma situação adversa como, por exemplo, crise existencial ou financeira, alguma situação de violência, doença ou, até mesmo, morte de alguém querido. A diferença é que as pessoas que conseguem exercer a resiliência consideram as condições adversas como parte da vida-
(é neste momento que aplicamos a expressão: C'est La Vie)
-e não como algo a ser evitado a qualquer custo. Os resilientes apresentam um comportamento de ESPERANÇA e buscam aprender com a experiência, já que não tem como evitá-la.
Habitualmente, os resilientes demonstram comportamentos de espiritualidade e valores conectados com um propósito de vida. Desta forma, encontram significado em torno das experiências que vivenciam como parte das lições da vida. Outra característica desses seres humanos é que eles focam o processo e abrem mão dos resultados. Os resilientes sabem que farão o melhor possível e que, no entanto, não têm a capacidade de controlar o mundo externo ou tais resultados. Desta forma, estes se mantêm em seu centro, com a esperança de que o melhor irá acontecer e que terão feito o que era possível.
Se pensarmos na coragem das pessoas que enfrentam uma doença incurável, verificaremos que aquelas que demonstram um comportamento resiliente buscam alternativas mesmo sem saber se o resultado será de um tempo de sobrevida ou não. E percebem que são capazes de contribuir com sua cura, mas, não de controlar seu destino ou tempo de vida - afinal, nenhum ser humano é.
Os resilientes certamente sabem que não são onipotentes(de forma que possam superar tudo) e, ao mesmo tempo, não se sentem impotentes (de forma que não possam fazer nada para contribuir com a melhoria de uma determinada situação).
No mundo corporativo, a competência resiliência começa a ser uma das mais valorizadas nos profissionais, junto com a competência de liderar as pessoas. Isso se deve às situações adversas que as organizações vivenciam todos os dias com mudanças constantes no mundo externo.
Ter pessoas que consigam manter-se "centradas" frente aos grandes desafios está se tornando um grande diferencial competitivo tanto para profissionais como para organizações.
Sem qualquer dúvida, os profissionais resilientes serão muito valorizados pelas corporações no mundo todo nos próximos anos ou, quem sabe, décadas

Se a resiliência é tão importante, como desenvolvê-la?

Podemos citar algumas possibilidades para o desenvolvimento desta competência:

AUTOCONHECIMENTO: Refletir sobre situações onde o enfrentamento de situações difíceis foi possível ou o que bloqueia a capacidade de resiliência pode ser uma ótima alternativa.
Atividades vivenciais relacionadas ao tema, "coaching" e/ou psicoterapia podem contribuir muito com o desenvolvimento desta competência. Os resilientes costumam desenvolver uma auto-imagem positiva justamente por terem conseguido ultrapassar obstáculos na vida, o que se transforma em autoconfiança. As situações adversas se tornam oportunidades de autoconhecimento.

MANUTENÇÃO DE RELAÇÕES AFETIVAS SAUDÁVEIS: Manter boas relações amorosas com família e amigos é uma das estratégias dos resilientes, pois estes conhecem a importância da "rede de proteção" no momento em que a tensão aumenta no mundo externo.

COMPORTAMENTO DE ACEITAÇÃO E GRATIDÃO: É comum ouvirmos relatos de pessoas que enfrentaram situações muito adversas e que se sentem gratas por estarem vivas. Isso acontece por terem percebido que aquela situação era transitória, que poderia ter sido muito pior e que as mudanças fazem parte da vida.

HÁBITO DE CUIDAR DE SI MESMO: As pessoas resilientes têm como hábito o autocuidado como uma forma de criarem "reservas" emocionais, físicas e espirituais para quando tiverem que enfrentar questões difíceis. Quando os resilientes percebem que as condições externas tornam-se desfavoráveis, sempre que possível, reforçam as ações de autocuidado para ter energia e serenidade e enfrentá-las da melhor forma possível.

PRÁTICA DE ALGUMA FORMA DE EXPRESSÃO DE VALORES PESSOAIS OU DE ESPIRITUALIDADE: os resilientes, de forma geral, expressam alguma forma de crença ou espiritualidade que traga força interior e esperança no momento em que o cenário externo se torne complexo. Práticas como a meditação, oração ou outras formas de reverência são comuns entre os resilientes.

EXPRESSÃO PRÁTICA DE AÇÕES PARA RESOLVER OU GERENCIAR A SITUAÇÃO ADVERSA NO MOMENTO PRESENTE: as pessoas resilientes não ficam sem ação frente à adversidade. Estas agem no mundo, da melhor forma, com serenidade e com o planejamento possíveis naquelas circunstâncias. A ação é sempre no momento presente com um sentimento de esperança em relação ao futuro.

Concluímos que a resiliência é, na verdade, perceber a vida como um caminho de aprendizagem e autoconhecimento.

SER RESILIENTE É DEIXAR DE SE SENTIR VÍTIMA DAS CIRCUNSTÂNCIAS PARA PERCEBER QUE A DOR, AS ADVERSIDADES E AS DÚVIDAS SÃO PARTE INTEGRANTE DA VIDA, QUE DEVEM SER ATRAVESSADAS E ULTRAPASSADAS COM ATITUDE POSITIVA.

Este texto foi escrito por DEISE C. Engelmann

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PODEMOS NOS TRANSFORMAR EM HARPAS EÓLICAS?

"Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior manarão rios de água viva. (Jo 7:38)

Alguns de nós ficamos temerosos e imaginando por que o Espírito Santo não nos enche. Não será porque estamos recebendo em abundância, mas não estamos repassando o que recebemos?
Comece a dar a benção que você tem: alargue seus planos de serviço e benção e logo descobrirá que o Espírito Santo está indo à sua frente; e ele o presenteará com benção para o serviço e confiará às suas mãos tudo o que puder, para ser dado a outros.

Há na natureza um belo fato que tem seus paralelos na esfera espiritual. Não há música tão maviosa como a de uma harpa eólica; e a harpa eólica nada mais é do que um conjunto de cordas musicais dispostas em harmonia, e que são vibradas pelos ventos. E que dizem que quando isto acontece, notas quase celestiais ecoam pelos ares, como se um coro de anjos estivesse passando por ali e tangendo aquelas cordas.
Assim, é possível conservarmos o coração tão aberto ao toque do Espírito Santo, que Ele pode tocar ali o que quer, enquanto quietamente nos colocamos à sua disposição nos caminhos do seu serviço. (Days of Heaven upon Earth)
Quando os apóstolos foram cheios do Espírito Santo, não alugaram o cenáculo para ficar ali fazendo reuniões de santificação, mas saíram por toda parte, pregando o Evangelho. - Will Huff
Extraído do livro- Mananciais no Deserto - Lettie Cowman

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Rei da Alegria e da Tristeza - Quem Será??

Entristecidos, mas sempre alegres. (2 Cor 6.10)

A Tristeza era bela, mas sua beleza era como a beleza do luar, quando passa através dos ramos das árvores na mata forma pequenas poças de prata no chão.
Quando a Tristeza cantava, suas notas soavam como o doce e suave gorgeio do rouxinol, e em seus olhos havia aquele ar de quem cessou de esperar pela vinda da alegria. Ela sabia, compadecidamente, chorar com os que choram; mas alegrar-se com os que se alegram era-lhe desconhecido.
A Alegria era linda também, e a sua beleza era como a beleza radiante de uma manhã de verão. Seus olhos ainda traziam o riso alegre da meninice, e em seus cabelos pousava o brilho do sol.
Quando a Alegria cantava, sua voz se lançava aos ares como a da cotovia, e seus passos eram como os passos do vencedor que jamais conheceu derrota. Ela podia alegrar-se com os que se alegram, mas chorar com os que choram era-lhe desconhecido.
"Nós nunca podemos estar unidas", disse a Tristeza pensativa.
"Não, nunca". E os olhos da Alegria ficaram sérios, quando respondeu.
"O meu caminho atravessa campos ensolarados; as roseiras mais lindas florescem quando eu passo, para que as colha, e os melros e tordos esperam minha passagem, para derramar seus mais alegres trinados."
"O meu caminho" disse a Tristeza afastando-se vagarosamente, "atravessa a mata sombria; minhas mãos só podem encher-se das flores noturnas. Contudo, toda a beleza e valor que a noite encerra me pertencem! Adeus, Alegria, adeus."
Quando ela acabou de falar, ambas tiveram consciência de uma presença próxima; indistinta, mas com um aspecto de realeza. E uma atmosfera de reverência e santidade as fez ajoelharem-se perante Ele.
"Eu o vejo como o Rei da Alegria", murmurou a Tristeza, "pois sobre a Sua cabeça estão muitas coroas, e as marcas das Suas mãos e pés são sinais de uma grande vitória. Diante dEle toda a minha tristeza está-se transformando em amor e alegria imortais, e eu me dou a Ele para sempre."
"Não, Tristeza", sussurrou a alegria, "eu o vejo como o Rei da dor. Sua coroa é de espinhos, e as marcas das Suas mãos e pés são marcas de uma grande agonia. Eu também me dou a Ele para sempre, pois a tristeza com Ele deve ser muito mais doce do que qualquer alegria que eu conheço."
"Então,,, nele, nós somos uma", exclamaram com júbilo. "pois somente Ele poderia unir Alegria e Tristeza."
De mãos dadas, saíram elas para o mundo, para segui-Lo na tempestade e na bonança, na desolação do inverno e na alegria do verão, "entristecidos, mas sempre alegres".
O filho do Senhor,
Embora entristecido
Pelas coisas que oprimem
E a batalha cerrada
(Porque os dias são maus.
E os tempos, trabalhosos!)
Conhece uma alegria
E uma paz interior
Que o mundo não conhece
E que ninguém lhe tira:
O GOZO E A PAZ DE DEUS!!

domingo, 22 de maio de 2011

Aprendi... aprendi...aprendi...

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, nem me magoar porque não fui retribuída com os mesmos sentimentos. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi ... que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Eu aprendi...que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.
Aprendi ... que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi ...que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.
Aprendi ... que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi ... que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a alguém que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-lo disso.
Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi ... que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi ... que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiam; e quando duas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi ... que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi também... que diplomas na parede ou muito dinheiro no banco não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi ... que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem verdade ou sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi ... com muito pesar, que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi ... afinal... que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

Aprendi... Aprendi... Aprendi...

(Autor desconhecido)

domingo, 1 de maio de 2011

Carta de Tiago- Alegria do Cristão

A carta de Tiago é um escrito de caráter sapiencial, isto é, mostra a sabedoria do discernimento cristão diante das situações. Esta carta é mensagem tipicamente cristã, como os evangelhos; reduz toda a Lei Judaica ao mandamento do amor ao próximo. Pode-se dizer que é explicação das exigências desse mandamento em diversas circunstâncias: igualdade cristã, preferência pelos pobres, amor ativo.
Esse amor exclui a exploração, e nesta carta encontramos a mais violenta passagem do Novo Testamento contra os ricos. A fé aqui é vista como dinamismo que produz ação e que só é madura quando se expressa em atos concretos; é fé que rejeita qualquer espiritualidade ou religiosidade individualista e intimista. Da mesma forma, a verdadeira sabedoria se expressa pela conduta.
Tiago rejeita a consagrada separação entre "dimensão vertical" e "dimensão horizontal" da vida cristã: do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé: sem obras ela é cadáver. E são estas as obras citadas no contexto: dar de comer ao faminto e vestir o nu.
Meus irmãos, fiquem muito alegres por terem que passar por todo tipo de provações...
O cristão se alegra. não por ter provações, mas porque elas o ajudam a descobrir o sentido e o valor do testemunho de sua fidelidade a DEUS e a Jesus Cristo. A provação abala o entusiasmo infantil, romântico e descompromissado, fazendo o cristão perceber que a fé é compromisso que exige sérias transformações na pessoa e no contexto social em que ela vive.
A sabedoria é o exercício do discernimento, a capacidade de perceber o que é mais importante fazer dentro das situações.
Tiago chama a atenção para a essência da vida cristã: ouvir a palavra do Evangelho e colocá-la em prática. A fé não se resume em afirmações que podem ser ouvidas e decoradas; ela é compromisso que leva a tomar atitudes concretas e cheias de consequências. Centrado no Mandamento do Amor, o Evangelho é a lei da liberdade, pois o Amor não se restringe a exigir a obediência a uma lista de obrigações; o Amor é comportamento criativo, que sabe dar resposta libertadora e construtiva em qualquer situação.
O verdadeiro culto é a entrega de si mesmo a DEUS para viver a justiça na prática: não difamar o próximo; socorrer e defender os pobres e marginalizados; não comprometer-se com a estrutura injusta da sociedade.
O cristão se rege pelo Evangelho, que tem como centro o Mandamento do Amor.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"...refrigera-me a alma"

Perto de DEUS

Andando todo dia
Perto de DEUS, na Sua companhia.
Trazendo os fardos para DEUS levar;
E os meus caminhos, para DEUS guiar
Trazendo as dores, falhas e pecado;
NEle esperando, nEle só firmada;
DEle escutando que sou filho amada!...

Andando em meu viver,
Perto de DEUS.

O quê mais preciso???

Extraído do livro- "Mananciais no Deserto"- Lettie Cowman

sábado, 16 de abril de 2011

Quem? Senão Ele?

Comentário sobre a carta ao Hebreus:

O escrito é de grande importância no quadro geral do Novo Testamento, pelo fato de apresentar Jesus como aquele que supera a instituição cultual do Antigo Testamento. Paulo havia mostrado a caducidade da Lei, anunciando que não é a piedade legalista que salva.
Agora, o autor de Hebreus mostra que a piedade cultual ligada ao Templo e aos sacrifícios não assegura o perdão e a comunhão com Deus.
O único ato salvador a obter de uma vez por todas o perdão é o sacrifício de Jesus, que derramou seu sangue e entregou sua vida por nós.
Ora, Jesus não realiza nada parecido com uma oferenda religiosa nos moldes cultuais judaicos:
em lugar de uma ação sagrada realizada no recinto do Templo e com rituais precisos, ele morreu fora do Templo e da cidade santa, como criminoso eliminado da sociedade.
Jesus, é, portanto, o único mediador entre DEUS e os homens.
 Doravante, é ele o único santuário e sacerdote, e o sacrifício por Ele realizado é, daqui por diante, o único agradável a DEUS.
As consequências são radicais:
- Exceto Jesus, nada mais é absoluto:
nenhuma instituição ou estrutura, tanto civil como religiosa, tem caráter absoluto e intocável. Sendo único mediador, Jesus abre completamente a comunicação entre DEUS e os homens, e dos homens entre si.
- O povo está livre para participar inteiramente da realidade de Jesus e, portanto, ter acesso à intimidade com o próprio DEUS.
- Frente à pessoa e vida de Jesus, todas e quaisquer instituições, estruturas religiosas ou civis têm caráter relativo e provisório, sendo passíveis de revisão crítica, reformulação e renovação.
- O verdadeiro culto a DEUS se realiza através da própria vida!
O modo de servir a DEUS não são ritos religiosos, mas obediência à sua vontade, que se manifestou radicalmente na doação vivida por Jesus até à morte.
O único valor do culto consiste em expressar, concreta ou simbolicamente, o culto que os homens prestam através da própria vida!
..."Que a nossa vida no altar de DEUS confirme a nossa adoração!"


Obs- Este comentário foi extraído da Bíblia Sagrada - Edição Pastoral



quarta-feira, 13 de abril de 2011

U2 - Construindo ou destruindo??

U2 - "Where the streets have no name" - Onde as ruas não tem nome


Nesta música uma frase chamou muito minha atenção:

..."Ainda estamos construindo e "queimando" ou destruindo o Amor...
...Por que ainda?
O que falta ainda para só construirmos o Amor e não destruí-lo também?
O que é: construir o Amor?
O que é: destruir o Amor?
Como e quando podemos construí-lo?
 Como e quando podemos destruí-lo?

E ... quando o Amor é construído, o que acontece?
E ... quando o Amor é destruído, o que acontece?

A vida de um franco atirador foi o quê???
Construída ou destruída pelo des-Amor?
O que é desamor?
É possível construir o desamor?
Onde buscar respostas para tudo isso e sairmos desta  perplexidade?
Para todas essas perguntas o ser humano busca a resposta dentro de si, conforme foi a sua construção interior.
E quem construiu o seu interior?
A família!?
A escola!?
A igreja!?
A sociedade!!??

Vamos parar perplexos  ante um sorriso enigmático de uma Monalisa???
Ou buscar respostas num olhar manso e humilde que, sendo VERBO, só construiu e viveu o verbo Amar em toda sua vida???

Ps- Por favor, não analisem a construção de minha escrita...
Tentem responder pra si estes questionamentos...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Um Novo Dinamismo Interior

Romanos 8 – Comentário

Romanos 8. 1 a 13:
A libertação do homem foi realizada por Cristo não como ato vindo de fora, mas como obra que se realiza a partir de dentro. Cristo se encarnou, trazendo o Espírito de DEUS para dentro da própria condição humana, que é dominada pelo egoísmo. Desse modo, o homem pode seguir a Cristo que passou da morte para a ressurreição, passando do egoísmo para doação de si aos outros. A entrada do Espírito de DEUS no homem, mediante Cristo, determina uma renovação pela qual o homem sente, pensa e age conforme a vontade de DEUS. Em lugar da lei dos instintos egoístas, surge a “Lei do Espírito que dá a vida”. Trata-se de um novo dinamismo interior que, com a própria força de DEUS, liberta o homem da tirânica “lei do pecado e da morte”. Em lugar do pecado ou egoísmo, que determina o ser e a ação do homem, existe agora o Espírito ou Amor; em lugar da morte, existe a Vida. A unidade entre querer o bem e realizá-lo é recomposta. A situação desesperadora do homem é superada. Com isso, as relações sociais podem ser refeitas e a estrutura social injusta e opressora pode ser superada.

14-17:
Contrapondo-se ao egoísmo, a ação do Espírito cria um novo tipo de relacionamento dos homens entre si e com DEUS: a relação de família. Agora podemos chamar DEUS de Pai, pois somos seus filhos. E isso é a base para as relações sociais recompostas: o clima de família se alastra, porque todos são irmãos. A herança prometida por DEUS aos “que são guiados pelo Espírito” consiste em participar do Reino. Mas isso implica a seriedade de um testemunho, como o de Jesus Cristo.

18-27:
A luta contra o egoísmo é possível para aqueles que entraram no âmbito do Espírito. Essa luta não terminou, mas está em contínuo processo: vivemos na esperança de conseguir a vitória final. Esse anseio é universal e se expressa nos clamores da natureza e do homem. A natureza espera ser libertada do uso egoísta, para ser partilhada e colocada a serviço de todos. Os homens esperam ser libertos de toda exploração e opressão que escravizam seus corpos, a fim de sempre mais projetarem gratuitamente a serviço dos irmãos. Entretanto, a salvação plena é uma realidade futura e inimaginável. Cegos pelo sistema egoísta, muitas vezes não conseguimos enxergar o caminho. É o clamor do Espírito que nos dirige, então, orientando-nos conforme a vontade de DEUS.

28-30:
O projeto eterno de DEUS é predestinar, chamar, tornar justo e glorificar a cada um e a todos os homens, fazendo com que todos se tornem imagem do seu Filho e se reúnam como a grande família de DEUS. O projeto não exclui ninguém. Mas o homem é livre: pode aceitar ou recusar tal projeto, pode escolher a vida ou a morte, salvar-se ou condenar-se.

31-39
Com o amor de DEUS, manifestado em seu Filho, nada mais temos a temer; nem dificuldades, nem perseguições, nem martírio, nem qualquer forma de dominação. Nada poderá desfazer o que DEUS já realizou. Nada poderá impedir o testemunho dos cristãos. E nada poderá opor-se à plena realização do projeto de DEUS.

Este comentário foi extraído da Bíblia- Edição Pastoral


Meu comentário:
Muito boa a reflexão sobre a renovação do homem, através de um novo dinamismo interior sob a ação do Espírito de DEUS no homem.
O que Paulo fala sobre a natureza, estamos vendo acontecer de uma forma muito intensa.
Interessante como é explicada a predestinação e a liberdade do homem.
Vers. 31:
O que resta dizer? Se DEUS está a nosso favor, quem estará contra nós? Nós ainda somos muitos pequenos na fé para entendermos o significado completo dessa afirmação de Paulo!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Eu te farei cavalgar sobre as alturas da Terra

Hoje, bem de manhã, aconteceu algo surpreendente. Não foi a primeira vez, mas senti a presença de DEUS bem perto de mim.Acordei, e ainda deitada, comecei a meditar na minha vida atual, e senti que deveria enfrentar  os desafios como a águia, sem me abater. Ela enfrenta os ventos fortes, de frente, para subir mais alto e olhar a tempestade de cima. Fiquei mais um pouco... deitada, pensativa,  e aí resolvi ler o livro de meditação diária "Mananciais no Deserto", como faço toda manhã.
Coincidência?!?!?
Eis o que li: "Dizem que uma das primeiras regras que um piloto aprende é por o avião de encontro ao vento e voar contra ele. O vento o eleva a maiores alturas. Onde foi que aprenderam isto? Foi com as aves. Se um pássaro está voando por prazer, ele vai ao sabor do vento. Mas... se enfrenta algum perigo, faz meia-volta e voa contra o vento, a fim de ir mais para cima; e sobe cada vez mais alto."
"Os sofrimentos são os ventos de Deus, ventos contrários, às vezes ventos fortes. São os furacões de Deus, mas tomam a nossa vida e a elevam a alturas maiores e em direção aos céus de DEUS."
"No verão há dias em que a atmosfera está tão opressiva que é até difícil respirar. Mas depois aparece uma nuvem no horizonte, e ela cresce, e se derrama em rica benção sobre a terra. É o relâmpago que corta os ares, é o trovão que ressoa, é a pesada chuva que cai. A atmosfera fica leve, e há uma vida nova no ar; tudo mudou."
"Exatamente esse mesmo princípio é o que opera na vida humana. Quando a tempestade cai, a atmosfera do coração se transforma, é purificada e recebe vida nova; uma parte do céu é trazida à terra".
É quando se sente a presença de DEUS!!! Como é bom sabermos que Ele está par a par com nossa caminhada!!! "Doce presença, presença santa!!
"Os obstáculos devem fazer-nos cantar. Libertemos nossa alma para cruzar os obstáculos da vida, as sombrias florestas da dor, ou até mesmo os pequenos embaraços e aborrecimentos que o próprio amor oferece, e ela também cantará."
É bom demais, não é mesmo???
Pesquisando em imagens de pássaros li que a águia é o símbolo dos que confiam em DEUS.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O encontro com a mulher samaritana

Jesus disse: "Quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede...(ela) se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna." João 4.14


João iniciou seu Evangelho com a afirmação de que "a Palavra... era Deus"(1.1), e continuou até afirmar que "a Palavra tornou-se carne" (v.14). Agora ele ilustra, a partir do encontro de Jesus com a mulher samaritana, quão vulnerável era essa humanidade. Era por volta do meio-dia quando Jesus e seus discípulos chegaram ao poço de Jacó, e o sol estava a pino. Jesus se achava cansado depois de caminhar a manhã inteira, e se sentou ao lado do poço para descansar. Ele sentia fome e então enviou seus discípulos ao vilarejo vizinho para comprar comida. Ele também estava com calor e sede, por isso pediu à mulher samaritana que lhe desse água. Jesus não era um super-homem imune às fragilidades dos mortais comuns. 
Ele era um ser humano autêntico. Outra característica de Jesus que essa história destaca é a sua atitude para com a tradição. Ele era conservador em relação à Escritura, crendo que ela era a Palavra de Deus. Contudo, era radical em relação à tradição, sabendo que ela consistia somente em palavras humanas. Um radical é alguém que é crítico acerca de todas as tradições e convenções, que se recusa a aceitá-las apenas por terem sido herdadas do passado.
A mulher samaritana, por sua vez, possuía uma desqualificação social tripla. Primeiro, era uma mulher; e um homem não deveria conversar com uma mulher em público. Mas Jesus fez aquilo que não era recomendável. Segundo, ela era samaritana, e judeus não se relacionavam com samaritanos. Terceiro, ela era uma pecadora, já tivera cinco maridos e agora estava morando com um homem com quem não havia se casado. E pessoas respeitáveis, como rabinos, não se misturavam com pecadores como ela. Assim, por três vezes, Jesus fez o que não era aceitável. Rompeu deliberadamente convenções sociais de seu tempo. Ele estava inteiramente livre da discriminação de gênero, do preconceito étnico e do pedantismo moral. Ele amava e respeitava todas as pessoas e não se esquivava de ninguém.
Sendo assim, Jesus era conservador (em relação à Escritura) e radical (em relação à cultura) ao mesmo tempo. A mim me parece que precisamos nos transformar em uma  nova geração de "CRs" - conservadores radicais.
É só seguirmos o exemplo que Jesus nos deixou.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Crônicas de Nárnia

 A AVENTURA DE EUSTÁQUIO
Quem já assistiu o filme ou leu o livro "Crônicas de Nárnia" de C.S. Lewis vai lembrar deste personagem: Eustáquio. Este trecho do livro relata a transformação de dragão para ser humano regenerado quando Eustáquio tem um encontro verdadeiro com   Aslam, o leão que simboliza a figura de Jesus. 
O relato é surpreendente porque mostra, simbolicamente,  o que acontece com a pessoa envolvida pelo amor de Cristo. Estáquio tenta, sozinho,  se livrar da couraça do dragão (o velho homem) e não consegue, entregando-se aos cuidados de Aslam.  Sofre uma dor horrível ao sentir-se tocado profundamente em seu coração, mas depois é lavado,  liberto de toda dor que sentia e  restituído de suas forças, trajando uma nova roupagem, presente de Aslam!!
Leiam a narrativa, percebendo a analogia existente em cada detalhe do relato, mostrando a ação de Jesus
no coração do ser corrompido pelo pecado, transformando-o em um novo ser.
"Se alguém está em Cristo, é nova criatura". 2 Coríntios 5:17


... O prazer (absolutamente inédito) de gostarem dele e, ainda mais, de ele gostar dos outros impedia que caísse no desespero. Porque era horrível ser dragão. Estremecia sempre que, ao voar, se via refletido num lago. Odiava as enormes asas de morcego, o dorso denteado e as ferozes garras recurvadas....
Vou lhe contar como deixei de ser dragão, disse Estáquio para Edmundo.
Estava ali deitado, pensando na minha vida, quando de repente...
Olhei e vi a última coisa que esperava ver: um enorme leão avançando para mim. E era estranho porque, apesar de não haver lua, por onde o leão passava havia luar. Foi chegando, chegando. E eu, apavorado. Você talvez pense que eu, sendo um dragão, poderia derrubar a fera com a maior facilidade. Mas não era desse tipo de medo. Não temia que me comesse, mas tinha medo dele... não sei se está entendendo o que quero dizer... Chegou pertinho de mim e me olhou nos olhos. Fechei os meus, mas não adiantou nada, porque ele me disse que o seguisse...
Levou-me por um caminho muito comprido, para o interior das montanhas. E o halo sempre envolvendo-o. Finalmente chegamos ao alto de uma montanha que eu nunca vira antes, no cimo da qual havia um jardim. No meio do jardim havia uma nascente de água. Vi que era uma nascente porque a água brotava do fundo, mas era muito maior do que a maioria das nascentes – parecia uma grande piscina redonda, para a qual se descia em degraus de mármore. Nunca tinha água tão clara e achei que me banhasse ali talvez passasse a dor na pata. Mas o leão me disse para tirar a roupa primeiro. Para dizer a verdade, não sei se falou em voz alta ou não. Ia responder que não tinha roupa, quando me lembrei que os dragões são, de certo modo, parecidos com as serpentes, e estas largam a pele. “Sem dúvida alguma é o que ele quer”, pensei.
Assim, comecei a esfregar-me, e as escamas começaram a cair de todos os lados. Raspei ainda mais fundo e, em vez de caírem as escamas, começou a cair a pele toda, inteirinha, como depois de uma doença ou como a casca de uma banana. Num minuto, ou dois, fiquei sem pele. Estava lá no chão, meio repugnante. Era uma sensação maravilhosa. Comecei a descer à fonte para o banho. Quando ia enfiando os pés na água, vi que estavam rugosos  e cheios de escamas como antes. “Está bem”, pensei, “estou vendo que tenho outra camada  debaixo da primeira e também tenho de tirá-la”. Esfreguei-me de novo no chão e mais uma vez a pele se descolou e saiu; deixei-a então ao lado da outra e desci de novo para o banho. E aí aconteceu exatamente a mesma coisa. Pensava: “Deus do céu! Quantas peles terei de despir? Como estava  louco para molhar a pata, esfreguei-me pela terceira vez e tirei uma terceira pele. Mas ao olhar-me na água vi que estava na mesma. Então o leão disse (mas não sei se falou): “Eu tiro a sua pele”. Tinha muito medo daquelas garras, mas, ao mesmo tempo, estava louco para ver-me livre daquilo. Por isso me deitei de costas e deixei que ele tirasse a minha pele.
A primeira unhada que deu foi tão funda que julguei ter me atingido o coração. E quando começou a tirar-me a pele senti a pior dor da minha vida. A única coisa que me fazia agüentar era o prazer de sentir que me tirava a pele. É como quem tira um espinho de um lugar doloroso. Dói pra valer, mas é bom ver o espinho sair.
Tirou-me aquela coisa horrível, como eu achava que tinha feito das outras vezes, e lá estava ela sobre a relva, muito mais dura e escura do que as outras. E ali estava eu também, macio e delicado como um frango depenado e muito menor do que antes.
Nessa altura agarrou-me – não gostei muito, pois estava todo sensível sem a pele – e atirou-me dentro da água. A princípio ardeu muito, mas em seguida foi uma delícia. Quando comecei a nadar, reparei que a dor do braço havia desaparecido completamente.
Compreendi a razão. Tinha voltado a ser gente. Você vai me achar um cretino se disser o que senti quando vi os meus braços. Não são mais musculosos do que os de Caspian, eu sei que não são muito musculosos, nem se podem comparar com os de Caspian, mas morri de alegria ao vê-los. Depois de certo tempo, o leão me tirou da água e vestiu-me.
Vestiu-me com uma roupa nova.
Seria bonito e muito próximo da verdade dizer que, dali por diante, Estáquio mudou completamente. Para ser rigorosamente exato, começou a mudar. Às vezes tinha recaídas. Em certos dias era ainda um chato.
 Mas a cura havia começado. 

domingo, 2 de janeiro de 2011

DIGA AO MUNDO O QUE VOCÊ QUER DA VIDA

Sem que você perceba, sua vida vai se transformando a partir de suas ações e opções diárias.
O sujeito resmungão treinou muito para reclamar com a eficiência de hoje, o depressivo viveu muitas pequenas tristezas e o super proativo repetiu muitas atividades positivas ao longo da vida.
Querendo ou não sua vida vai se transformando de acordo com a repetição de seus atos diários.
Defina onde você quer estar e quem deseja ser no futuro e aja a partir de agora. Qualquer que seja a direção de seu destino coloque coração e inteligência em suas ações, esses dois ingredientes dão o tempero na medida certa para quem deseja realizar coisas significativas.
Você tem o poder de transformar sua vida naquilo que quiser.
É preciso repetir muitos maus, ou bons comportamentos para se atingir resultados.
Seja o protagonista de sua história, diga ao mundo o que você quer da vida. Defina quais são seus valores mais nobres, busque a essência das coisas e verá que, lentamente, sua vida vai tomando a forma desejada e poderá vir a ser modelo de sucesso para muita gente.
Como dizia o mestre Aristóteles, filósofo grego, que viveu no 3º século antes de Cristo: "Somos aquilo que repetidamente fazemos, a excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito". Embora tão antiga, esta frase resume tudo o que se quer ensinar nos cursos de desempenho humano da atualidade. A excelência não se conquista num curso de final de semana, nem após a conclusão de um curso superior. Ela é fruto da nossa perseverança cotidiana. Foi o tempo e a repetição que fizeram o artista chegar a sua maestria. Esta é a dica para quem quer fazer a diferença no mundo, definir o que quer da vida e ir galgando, passo a passo, seu destino desejado. Uma grande vitória é fruto de pequenas conquistas e constantes melhorias.
São Francisco de Assis nos deixou uma boa fórmula: "Se queres que teu sonho se realize, passe a construí-lo devagar. Pequenos começos, trabalhos sinceros, crescem com pureza"...
Ou você escolhe para onde pilotar o barco de sua vida, ou o vento das incertezas te levará para lugares nunca desejados.