quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A VIDA

Nesta época em que o Natal de Jesus Cristo está em evidência, muito mais pelo interesse comercial, do que o verdadeiro, (infelizmente), quero transcrever as palavras de Stanley Jones, que, como ninguém, , descreveu a personalidade de Jesus em todo o seu potencial, de forma poética, deslumbrada e deslumbrante!

"Temos nós visto a Vida? Tem ela sido vivida?
A religião se tem estereotipado em fórmulas frias; as mãos mortas da tradição se estendem do passado e paralisam tudo; os líderes religiosos deixaram de ser profetas da nova era e se tornaram sacerdotes das coisas de ontem.
A figura típica e acabada de tal religião é o fariseu, em pé no Templo, dando graças a Deus que tinha cumprido com as etiquetas religiosas e que, portanto, não era como os demais homens.
Aparece, porém, da obscuridade um camponês e da humildade de uma oficina de carpinteiro, um Homem. Quando Ele se apresentou para ser batizado às margens do rio, o Batista, tão severo e imparcial com outros, dobra-se diante da dignidade inata deste Homem e diz: “Eu é que devia ser batizado por ti, e tu vens a mim?”
Havia algo naquele Homem que fazia com que os melhores homens se sentissem pequenos comparados com Ele. E, contudo, os homens mais indignos sentiram-se atraídos a Ele. Ali estava a bondade atraente, conquistadora, constrangedora.
Esta era a bondade que não era meticulosa, mas misericordiosa; não posta em pedestal para ser adorada, mas baixando-se ao nível dos humildes para servi-los.

Aqui está a bondade não farisaica, mas amiga; não terrível, mas terna. E contudo, naquela ternura e bondade havia tal nobreza que fazia a consciência vibrar e tremer como uma folha verde. As crianças sentavam no seu colo, e contudo o pescador Pedro, homem rude do mar, sentiu sua consciência acusá-lo no momento da pesca maravilhosa e caiu de joelhos clamando: “Aparta-te de mim, Senhor, pois sou um homem pecador”. Em tempo algum a majestade e a humildade se fundiram e apresentaram cena mais linda do que nesta ocasião.
Nunca a palavra e a ação formaram mais perfeita harmonia do que na sua pessoa. Elas se harmonizam como a música e o cântico. Ele ensinava e suas palavras tinham um cunho de realidade perfeita. A verdade fluía de sua alma como a fonte na encosta da montanha.Suas palavras faziam o pecado tão fora do natural, tão difícil de suportar e tão incapaz de satisfazer a natureza humana!
Ele os ensinava! Não somente por palavras. Suas palavras levavam o selo de um conteúdo real. Ele vivia com elas e mesmo anteriormente a elas. Em suas palavras eles ouviam o Verbo - O Verbo que Ele encarnava. Quando Ele lhes falava do Amor, eles compreendiam o que Ele queria dizer porque eles já o tinham visto nele, na sua face, nos seus gestos, na sua atitude, nas suas ações.
...(Não é assim que seus seguidores devem ser?)
Quando Ele lhes falava de Deus, eles sentiam a Sua presença porque Ele não veio para proclamar Deus, veio trazê-lo. De uma vez para sempre o golfo existente entre a palavra e a ação foi completamente eliminado; nele as duas coisas se tornaram uma só!
Eis aquele que mostrou por palavras e atos, por lutas e triunfos, por ferimentos e sorrisos, por misericórdia e serviço de que estofo é o Coração do universo. Quando parecia que nada mais havia para Ele demonstrar, deixou que os homens despedaçassem na cruz seu coração e olhando para as suas feridas pudessem ler a palavra "AMOR".
Jesus, pela sua vida, escreveu nos umbrais da eternidade a imperecível mensagem:
"Deus é Amor" e nada pode apagá-la jamais.
... Se temos que chegar a Deus pelo Amor, então Jesus é inevitável!"
Se o coração que está na estrutura deste Universo é semelhante àquele coração terno e bom que foi despedaçado na cruz, Ele terá, sem reservas e sem restrições, direito de dominar meu coração.

O prof. C.S.Lewis (autor de Crônicas de Nárnia) disse: “Se Deus não é o que encontramos em Jesus, então Ele não nos interessa de maneira alguma. Se Ele não é isto, será menos que isto, pois de maneira alguma poderia ser mais. Mas não precisamos mais e não nos contentamos com menos”.
A questão fica, pois, reduzida a estes termos: “Se não podemos ser religiosos em termos dos ensinos de Jesus, não podemos ser verdadeiramente religiosos”.
“É Cristo ou nada”.
"Ser semelhante a Cristo é o padrão que permanece entre Deus e o homem."

Este trecho foi retirado do livro: O Cristo de Todos os Caminhos-Stanley Jones

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