segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Aromas suaves do coração
"Quem tiver olhos, leia; inteligência, compreenda; coração, sinta."
"Nardo e açafrão, cálamo e canela, com todas as madeiras aromáticas, mirra e aloés e as mais finas especiarias". Cântico dos Cânticos 4:16
Algumas das especiarias mencionadas neste capítulo são bastante sugestivas. O aloés era uma especiaria amarga, e fala-nos da doçura das coisas amargas, o doce-amargo, que quem já provou, sabe bem quanto agrada ao paladar. A mirra era usada para embalsamar os mortos, e fala-nos de morrermos para alguma coisa. É a doçura que vem ao coração depois que ele morreu para a vontade-própria, o orgulho e o pecado.
Oh, o encanto inexprimível que paira em torno de alguns cristãos, simplesmente porque trazem no semblante açoitado pela disciplina e no espírito dulcificado, as marcas da cruz; a santa evidência de terem morrido para o que uma vez foi orgulho e força, mas que agora está para sempre aos pés do Senhor.
É o encanto celeste de um espírito quebrantado e um coração contrito, a música que brota de uma tonalidade menor.
E ainda, o incenso, com a fragrância que procedia do toque do fogo. Era aquele pó queimado que se erguia em nuvens de doçura do seio das chamas. Fala-nos do coração cuja doçura tem-se desprendido talvez através das chamas da aflição, até que o lugar santo da alma é cheio de nuvens de oração e louvor.
Estamos nós derramando as especiarias, os perfumes, os aromas suaves do coração?
The Love-Life of our Lord
Do livro- Mananciais no Deserto- Lettie Cowman
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